sábado, 25 de junho de 2011

Um dos meus excertos favoritos...

...

"And a woman who held a babe against her bosom said, Speak to us of Children.
And he said:
Your children are not your children.
They are the sons and daughters of Life's longing for itself.
They come through you but not from you,
And though they are with you yet they belong not to you.

You may give them your love but not your thoughts,
For they have their own thoughts.
You may house their bodies but not their souls,
For their souls dwell in the house of tomorrow, which you cannot visit, not even in your dreams.
You may strive to be like them, but seek not to make them like you.
For life goes not backward nor tarries with yesterday.

You are the bows from which your children as living arrows are sent forth.
The archer sees the mark upon the path of the infinite and He bends you with His might that His arrows go swift and far.
Let your bending in the archer's hand be of gladness;
For even as He loves the arrow that flies, so He loves also the bow that is stable."

...

from The Profhet, Kahlil Griban, 1923




Depois de uns bons meses sem escrever poesia .... São as Águas de Março...


Após uma boa temporada sem caírem folhas secas ou soltas lá saiu, compulsivamente, algumas frases ... :)

No silêncio compreendemos os nossos ditos
encontramos-nos, sabemos quem somos, a vida que seguimos.
No poema arde uma chama que corteja a verdade dos nossos gomos,do profundo ecoar dos sonhos, 
em rotundante e sonantes vibrações
celebrando o alcance e a vontade de entoar os nossos corações.

O Passado perdura nas nuvens do tempo inacabado e imperfeito
nos genes perdidos entre duas vargens,
na verdade guardada no peito.
Silenciar a dor há muito perdida,
vaguear nesse horizonte, em deleite,
voar sobre a terra prometida
até silenciar em definitivo no leito.

Saudades de mim!




Há quanto tempo no centro não te vias,
há quanto tempo no poema não vivias,
há quanto tempo na alma não te perdias
num olhar de espanto e contentamento!

Sobeja flor de fragrância eloquente
errante no caminho da mente
na emoção que a tempestade volveu
esse teu ser, esse teu eu!

O regresso, por fim, aceite
sobre espadas defesas da mente, bem treinadas
por uma luz induzida em azeite

iluminam todas as barricadas!

Aí vens tu, de regresso a casa!




Luar

Um passado cheio de matéria
de matéria inerte de onde luz floresce e um constante germinar de vida,
de nova vida.

Um passado preenchido de memória,
tal terra fértil onde a vida se renova... a cada instante!

Um universo que se expande
por uma matéria escura, vivida, consumida,
que aquece a memória de combustão recalcada,
suada...

Escuridão vazia entre pontos de luz,
entre pontos de fogo e amor
que iluminam esse vasto vazio interior.

Um vazio que tudo alberga
que todas as formas conhece.

Um vazio que enxerga,
que dá corpo ao passado que a todo o instante padece
e em redor de um eixo se repete,
constantemente,
e expande esse vazio por todo o lado.


Vazio interior,
feminino,
taça da força superior...
Força de instinto faminto,

que se atesta em amor!

15-03-2011





Um Inverno,
longo...


Um beijo que tarda
num vazio que cresce

Uma estrada bifurcada em nada de nada
Uma falsa memória
Um amor (a)guardado
Um lado vazio num ser retornado
Um desejo vadio
Um mar desperto
Um luar brilhante
Um olhar discreto
Um gozo errante...

Um beijo que tarda
num Inverno cessante!

20-03-2011






Voando No Tempo

P’lo tempo voo no momento,
no momento que estou

no presente
no momento que vou voando no tempo
p’lo instante que voo nesse momento
de um tempo cessante, batente
que tão bem se sente
nesse breve instante do presente!


Esse presente do tempo,
embrulhado p’la mente
do passado que prende esse tempo semente,
esse passado presente
que voa p’lo tempo da mente que fende
por esse passado há muito o presente...


Passado que pede futuro num tempo presente.

Março de 2011

quinta-feira, 23 de junho de 2011

E assim acontece!!! :)

Um blog? ...escrita que se alonga pelo ecrã... e assim acontece o início de uma nova cortina, ou, por assim dizer, uma janela, que se espera aberta e arejada de emoção e sentimento... Palavras voláteis, esse corpo de ar que umas vezes se apresenta mais húmido outras mais seco, mas que tão bem nos transporta por esse espaço tempo que somos por dentro...




O meu primeiro verso...


Ao longe te vejo,
Nos olhos te quero.
No corpo te sinto,
Na alma te espero!
                                               Março de 93